Pesquisador do MIT visita a UFG
Ensino Criativo é o tema de pesquisa que pode firmar a parceria entre UFG e a instituição
Texto: Débora Alves
A Universidade Federal de Goiás (UFG), recebeu no dia 13 de novembro o pesquisador do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Leo Burd, que visitou o Laboratório de Geografia, Imaginário, Criatividade e Arte (LaGICriArte/IESA/UFG), onde conheceu o Espaço Maker Entrando no Clima, cujo foco é a aprendizagem dos conteúdos da Climatologia. O Pesquisador também conheceu o Planetário, o IPELab, o NUPEQ e o LEMAT. No IESA, ele participou de uma roda de conversa sobre “Ensino Criativo”, um de seus focos de pesquisa. Estiveram presentes no evento a professora do IESA e coordenadora do LaGICriArte, Juliana Ramalho, a técnica em Assuntos educacionais aposentada do Instituto de Matemática e Estatística da UFG (IME), Silmara Epifânia, a professora do IESA, Valéria Cristina Pereira, a professora da rede estadual e doutoranda, Hérika Vasques, e os discentes de graduação e pós-graduação da UFG, Mayane Lima, Matheus Freire, Thais Cristine de Souza, Thamy Barbara Gioia, Layanne Almeida e Wanderson Alves.
A roda de conversa começou com a apresentação de projetos elaborados pelos alunos da Universidade na aula de climatologia e em oficinas oferecidas pelo projeto do IESA em escolas públicas. Juliana Ramalho apresentou o Laboratório de Climatologia, equipamentos e materiais que são usados em sala de aula e nas oficinas, e relatou experiências oferecidas nas atividades.
Os integrantes da roda de conversa apresentaram o projeto da UFG, coordenado pela professora Juliana Ramalho, “Aprendizagem criativa aplicada ao ensino de climatologia e de seus conteúdos escolares: olhares, práticas e o despertar para a ciência”. O projeto foi contemplado com recursos do Edital Universal 2016 do CNPq e tem colaboração de Leo Burd. Outra iniciativa do LaGICriArte, o Espaço Maker, foi um dos dez projetos contemplados com recursos em uma premiação promovida pela Fundação Lemann em 2015. Na ocasião, Juliana Ramalho e outro integrante da equipe viajaram para uma imersão de uma semana no MIT, quando conheceram o pesquisador Leo Burd.
O pesquisador do MIT é formado em informática e há 20 anos mora nos Estados Unidos, “Morei fora e percebi muitos desníveis econômicos e resolvi trabalhar com isso, achei que envolvia educação então resolvi voltar para o Brasil porque queria trabalhar isso aqui”. Ele contou que em sua pesquisa de mestrado trabalhou com projetos sociais nas favelas e, em seu doutorado, conseguiu ser aprovado no MIT, onde desenvolveu projetos sociais e conta que sente que tem mais espaço para pensar a melhor forma de desenvolver educação lá.
Enquanto estava lá foi contratado pela Microsoft para trabalhar em sua sede, desenvolvendo projetos para o pacote office ajudando professores. Após isso, voltou para o MIT como pesquisador na área de Ensino Criativo, onde fez uma parceria com a Fundação Lemann. “A tecnologia por si só não ajuda a educação. É preciso pensar, não é qualquer tecnologia para qualquer educação”, disse.
Leo trabalhou no desenvolvimento do projeto Scratch, que tem a interação de mais de 50 milhões de crianças no mundo todo, sendo oferecido em vários idiomas. “O projeto original pode ser alterado e remixado e quanto mais alterar o projeto, mais conhecido ele fica”, afirmou. Ele também trabalhou no desenvolvimento do projeto Mão na Massa “onde as crianças fazem projetos com madeira, plástico, pano... elas são livres para criar”. Ele explicou que a Aprendizagem Criativa tem quatro “P” que inicialmente eram em inglês mas foram traduzidos. Em inglês: project, passion, peers e play, que em português ficou: projeto, paixão, pares e pensar brincando; e foi criado para o Brasil o quinto “P”, o do propósito.
O pesquisador também relatou que na parceria entre o Lemann e o MIT foi criada a Rede Brasil de Aprendizagem Criativa, onde avaliou-se o que já existia no Brasil. “Atualmente, há núcleos regionais para os professores, festivais regionais que mostram o que se tem feito em sala de aula. Em cada festival, o projeto ganha mais professores”. Também acontece uma vez por ano uma conferência nacional, onde os professores são os protagonistas e levam o que têm pesquisado e feito em sala de aula. São oferecidos, para os professores participantes, cursos online, projetos com teatro, culinária, entre outros. Leo ressaltou que acredita ser o momento de criar novos núcleos, pensar em novas coisas e parcerias para levar essas ideias adiante.
Fonte: Secom UFG
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